Hey people.
Aqui está o Cp. espero que gostem. =DD
Este é... confuso O.o e pequenino.
Enfim.
Estou viciada no Jake and Amir xD Sabem o que é? Se souberem expliquem nos comments. Se não, explico no próximo post =)
J&A FTW!
bj Sofia*
Quarta-Feira, 17 de Novembro 2010 Querido Lou, Fazem hoje duas semanas desde que partiste. Da última vez que o fizeste, ainda compreendi. Mas neste momento, juro-te que estou confusa. Confusa porque por um lado compreendo a tua parte. Estavas magoado; Não querias que te magoasse outra vez, e eu não mereço que me tenhas dado sequer a primeira oportunidade. Dares-me mais uma seria completamente de loucos da tua parte. Eu sei que se fosse tu, também não me perdoaria… isso só mostra o quão boa pessoa és. Também não consigo ainda deixar de sentir que fui estúpida por não te ter aproveitado á primeira oportunidade que tive. Foi tarde de mais quando me apercebi do que estava a acontecer. Mas mesmo assim… Lourenço, lembras-te daquela dor que eu te falei, quando descobri sobre o Luís e a Carla? Aquela que nos abria um buraquinho por dentro e que nos consumia até não sermos nada? Bem, fica sabendo que me causaste uma dor pior. E é por isto que me sinto confusa: Não sei se te odeie se te ame. Ainda te amo um pouco, pelo menos. Se não amasse, não teria escrito esta carta. Se não amasse não te teria ido procurar durante todos aqueles dias após ires embora, chegando a me perder na mata algumas vezes. Ainda te amo. Mas usando as tuas palavras… Já não é a mesma coisa. Não é a mesma coisa porque agora, sinto uma dor física a sério. É como se quisesse morrer e não conseguisse, tudo por tua causa. Sofrimento real. Parece que não consigo respirar, que o meu coração já mal bate. Como se me esvaísse em sangue por uma ferida incurável e invisível. E foste tu quem fez isto. Partiste-me o coração de forma tão semelhante á como o Luís o partiu que até fez impressão. Nos primeiros dias não conseguia acreditar; Esperava sempre ver-te chegar, entrar dentro da nossa casa e ser o meu melhor amigo outra vez. Mas como não chegaste, só me deixaste com a impressão que estava enganada quanto a ti. Que a pessoa que pensava que eras não é a tua pessoa na verdade. Abandonaste-me. Nem tiveste coragem sequer de vir falar comigo pessoalmente. Se tivesses esperado, se tivesses tentado ser racional por um momento eu ter-te-ia contado tudo. Que acabei com Luís. Que finalmente podíamos estar juntos! Mas tu não quiseste saber dos meus sentimentos, e isso magoa. Não me parecias o tipo de pessoa que fugia ás responsabilidades para se livrar de uma tarefa má. Mas porque é que mesmo assim não te consigo esquecer? Foi por isso que escrevi esta carta… por ter tantas saudades tuas e isto ser uma maneira de te recordar. Oh, Lou… está a nevar lá fora! Lembras-te daquela vez, quando começamos a ficar amigos, que tu disseste que querias ver neve? Que nunca a tinhas visto na vida? Oh, Lourenço… Quem me dera que pudesses estar aqui agora, para podermos partilhar o momento. Apetece-me fazer um boneco de neve, apesar do frio cortante. Mal consigo respirar porque o ar me arde na garganta, e sinto que vou ficar doente. Mas não quero saber. Lembro-me das tuas palavras, exactamente. “Um dia, Vera, nós vamos os dois para as montanhas, e quando estivermos lá em cima vamos descer naqueles pauzinhos que escorregam!”. “Skis?” Perguntei, e tu riste-te daquela maneira especial, dizendo que sim com um sorriso aberto e infantil. Foi uma manhã perfeita, perfeita, perfeita como as outras! E durante as férias de Verão, que estavas cheio de calor, e me pediste para te levar aos “Himaleios”. Eu disse que sim, que te levava aos “Himaleios”, aos Himalaias, e a todos os sítios onde quisesses, simplesmente por causa disso: porque querias. Espero que no lugar onde estiveres também neve. E que também te lembres de mim sempre que isso acontecer, e de todas as nossas memórias juntos. Só pensar nisto faz-me chorar. Tenho chorado muito, acho que já não sou eu própria. Lembras-te que raramente chorava? Agora, choro quase diariamente. Choro porque se antes a minha vida descambava, agora está mesmo terrível, mesmo fora dos carris. Foi com a tua entrada na minha vida que as coisas começaram a ficas estranhas. Talvez agora, que saíste, volte tudo a ficar normal… O que achas, Lou? E lembras-te daquela noite há dois meses atrás? Que adormecemos no telhado a tentar contar as estrelas? E depois quando desististe e disseste “Vamos deixar assim, sempre é mais bonito se não soubermos como a natureza funciona!” e eu sorri abertamente e concordei. Depois disse “Há tantas estrelas no céu como o número de dias em que vamos ficar juntos, Lou... infinitas! Nós vamos ser amigos para sempre.” e tu disseste que sim. A partir desse dia riscaste a parede uma vez por dia, para ver quantas estrelas conseguias contar. Nem sei quantas temos. Ainda ontem tive a ideia de te ver… Parecia-me que te esconderas por detrás de uma árvore, mas quando comecei a correr vi que desapareceste. Nessa altura, pareceu que o meu coração se encheu de esperança, mas depois rebentou e deitou-me ao chão com a dor. Ai, Lourenço… Se queres que te seja sincera, não sei o que vou fazer com esta carta. Não tenho maneira de a fazer chegar a ti. Não sei a tua morada, se é que a tens neste momento. Talvez a deixe por aí, no meio do mato. Ou então talvez a ponha na caixa do correio, mesmo sem morada. Era giro de ver o que ia acontecer. Tenho de ir. Já se faz tarde, e a vela está quase toda queimada. Não há lua esta noite e mal consigo ver o que escrevo. Só gostava que pudesses mesmo ler isto, para teres uma noção de como me sinto, embora ache que seja impossível. Esta carta é uma confusão estúpida de sentimentos. Não sei em que raios pensar. Para além disso, isto está borrado das lágrimas… o que não é muito bom. Dizes que me amas para sempre, na carta que me deixaste. Eu até há duas semanas atrás também te amava. Estava disposta a abdicar de tudo e todos por ti, e foi inclusive o que fiz. Agora, começo seriamente a duvidar das minhas capacidades de discernimento. Vera